22 de outubro de 2013
ROYALTIES NÃO RESOLVEM O PROBLEMADA EDUCAÇÃO PÚBLICA!
Gabby Maturana
Juventude
do PSTU
As
mobilizações protagonizadas pela juventude e pelos trabalhadores desde o mês de
Junho só comprovam que a real situação da classe trabalhadora e de seus filhos
vai de mal a pior.
Não
temos motivo nenhum para comemorar os dez anos do PT a frente do governo
federal, são dez anos de privatizações, dez anos de endividamento, dez anos de
enganação.
Hoje
a população sente na pele a ausência de investimentos na qualidade de vida:
saúde, transporte e educação. Eu gostaria de abordar algumas reflexões sobre
esse ultimo tema, EDUCAÇÃO.
A
cerca de 2 anos a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) realizou uma
campanha pelo investimento de 10% do PIB para educação. Esta campanha tinha por
objetivo denunciar os planos do governo federal, que através do PNDE (Plano
Nacional de Desenvolvimento da Educação) previa chegar a este investimento de
10% do PIB em... 2020, sendo que hoje investe menos de 5% na educação.
A
ausência de investimento somada ao projeto do Reuni superlotou as salas de
aulas, sobrecarregou os profissionais da educação, e estabeleceu um alto índice
de evasão. As bolsas de pesquisa, moradia, transporte, iniciação profissional,
entre outras, são apenas uma contribuição para tentar evitar o problema da
evasão.
Entretanto
no mês de outubro os estudantes do IFF e da UFF Campos passaram por um “aperto”
financeiro. Depois de muita demora em dar uma explicação sobre o atraso das
bolsas veio a informação de que agora o MEC modificou a forma de repassar a
verba destinada ao pagamento dessas bolsas, sem dar a menor satisfação, sem
mostrar qualquer preocupação com os problemas que foram acarretados com esse
atraso.
Sabemos que somos um país muito rico, mas que
quem administra essa riqueza não a transforma em benefícios para
os trabalhadores, sabemos também que os governos sejam na esfera federal,
estadual ou municipal tratam a educação como mercadoria. O movimento dos
educadores não tem suas pautas atendidas, como por exemplo, os profissionais da
educação do RJ que estão em greve a mais de 70 dias e o Movimento Educadores de
Campos em Luta, este último que sequer foi atendido pela prefeitura municipal
de Campos.
No
dia 21 de outubro ocorreu o Leilão da maior reserva de petróleo do pré-sal,
vendida a preço de banana se comparada com a riqueza que gerará. Dilma engana a
população quando afirma que 75% dos royalties serão investidos na educação e os
royalties do pré-sal permitirão uma revolução nas escolas públicas brasileiras.
No entanto, não é verdade. De acordo com levantamento feito pela Auditoria
Cidadã da Dívida, somente 1,65% do Pré-sal iria para a educação. A perspectiva
é de que os royalties sobre os poços atuais gerarão, no máximo, 0,6% do PIB em
2022! Discutir os royalties é se debruçar sobre migalhas enquanto está em curso
a maior privatização da história do país.
Portanto,
royalties não resolvem o problema da educação assim como não resolvem o
problema da saúde. Queremos 10% do PIB para Educação Pública Já e uma Petrobrás
100% Estatal. O petróleo é nosso! |
|