Todo apoio aos trabalhadores e estudantes nas ruas contra o aumento das passagens

As ruas de várias cidades do país estão sendo tomadas por manifestações contra o aumento das tarifas do transporte público. A vitória conquistada em Porto Alegre, Natal e Goiânia, cujos protestos conseguiram barrar o reajuste, parece ter dado fôlego às manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, e várias outras cidades país afora.
A capital paulista há muito não via uma mobilização de tal envergadura. O protesto realizado no dia 13 de junho foi o maior desde que as manifestações começaram, reunindo próximo de 20 mil pessoas, mesmo sob uma forte chuva e sobre fortíssima repressão policial do governo do PSDB de Geraldo Alckmin, que inclusive prendeu mais de uma centena de manifestantes. Infelizmente o prefeito Fernando Haddad (PT), em suas manifestações, tem defendido a atuação repressora do PM e de que não reduzirá o preço das passagens, mantendo o lucro das empresas. No dia 10, uma grande manifestação tomou o centro do Rio, contra o reajuste da tarifa que passou de R$ 2,75 para R$ 2,95 no início do mês. A polícia, a mando do ditador Cabral (PMDB), interveio com uma forte repressão e deteve 31 pessoas.
Manifestações reprimidas pela polícia e criminalizadas pela mídia não são bem uma novidade no Brasil, mas qual a razão dessa especial intolerância com as mobilizações contra o aumento das passagens que ocorrem agora? O movimento contra o aumento das tarifas põe em risco parte dos lucros dos empresários dos transportes, mas, mais do que isso, coloca em discussão o direito à mobilidade urbana, pré-condição para todos os outros direitos, tais como Saúde, Educação e emprego. Se há um entendimento de que os serviços públicos essenciais devem ser garantidos pelo Estado de forma gratuita, já que a sociedade os custeia através dos impostos, por que o transporte urbano é visto de forma diferente?
O transporte público nos grandes centros hoje une a precariedade comum aos demais serviços públicos com os altos preços das tarifas. Trens e ônibus superlotados, atrasos e acidentes frequentes e, no caso das mulheres, assédio, abusos e até estupros, fazem parte de uma dura rotina que se repete duas vezes ao dia. Vez ou outra, esse grande caldeirão de insatisfação irrompe em uma grande revolta espontânea.

Possível aumento da passagem em Campos dos Goytacazes/ RJ
A realidade do aumento da passagem que vem ocorrendo em várias capitais pode também se concretizar em nosso município. Esse assunto vem sendo comentado corriqueiramente pela população. Esse aumento não será sentido pela população no bolso visto que aqui na cidade existe o programa da passagem a R$1,00 garantido pela prefeitura municipal. Mas essa diferença que é repassada para as empresas de transporte será sentida pelo trabalhador campista nos outros serviços prestados a população, por exemplo: o próprio transporte, a educação e a saúde, etc.
Nos horários de pico não é ofertado uma quantidade suficiente de ônibus, para atender a demanda de trabalhadores que muitas vezes acabam chegando atrasados depois de encarar o trajeto em pé e no aperto.
Nós do PSTU chamamos os trabalhadores e os estudantes a estarem na luta por melhorias dos serviços que a prefeitura municipal tem a obrigação de garantir aos seus cidadãos, tais como:
Passe Livre para estudantes e trabalhadores desempregados;
Fim dos repasses as empresas privadas do transporte público;
Passagens a R$1,00 sem a apresentação do cartão cidadão;
Garantia de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais;
Pela criação de corredores de ônibus na cidade;

Pela estatização do transporte público já!